Há pouco mais de um ano, migrei para atuar como Tech Community Manager e, bom, agora já se passou mais tempo do que eu percebi! Quero compartilhar com vocês alguns aprendizados desse caminho, porque, convenhamos, nenhuma jornada é linear.
Um ponto importante sobre a minha trajetória é que, antes de migrar para Developer Relations, atuei por cerca de quatro anos voluntariando em diferentes comunidades. Sim, eu sei, demorei um pouco pra fazer essa migração de fato haha, mas tudo tem seu tempo! Em paralelo às comunidades, atuei como desenvolvedora de software e, nesse mesmo meio tempo, construí minha jornada em criação de conteúdo: pontes muito importantes para chegar onde estou hoje.
E onde estou hoje?
A Leticinha de um ano atrás mal imaginava os caminhos que trilharia, as conquistas que viriam (e até as falhas que, sim, viriam também). É surreal olhar para trás e ver tudo o que aprendi em apenas um ano atuando exclusivamente com comunidades tech. E é sobre isso que vamos bater um papo hoje.
Primeiro: a vida não é um mar de rosas (e tá tudo bem)
O primeiro ponto é: a vida não é um mar de rosas. Mesmo quando encontramos algo que gostamos verdadeiramente de fazer, vão existir coisas no dia a dia ou na rotina que não gostamos, e tudo bem, a gente aprende a lidar com isso.
Mas definitivamente estar atuando em algo que você acredita, tem reconhecimento e vê valor faz toda a diferença. Uma das coisas que mais me deixam de coração quentinho é quando começo a conversar com alguém sobre comunidades, open source, educação em tech ou qualquer outro assunto que eu seja apaixonada e a pessoa comenta que viu o brilhinho no meu olhar ao falar sobre isso.
Essa paixão é o que me mantém em movimento. Mas, pra além disso, três lições valiosíssimas que aprendi nessa jornada:
Pessoas podem ser difíceis (e comunicação é tudo)
A comunicação é mais do que essencial. Muitas vezes lidamos com pessoas externas, sejam de outras comunidades, da sua própria comunidade ou de outros contextos. Estamos em constantes fluxos de conversas, e conseguir se comunicar de forma acessível, de um jeito que as pessoas compreendam, é fundamental. Nem sempre é fácil, mas é sempre um aprendizado.
Organização é vital, mas planejar sem executar é inútil
Como boa virginiana, sou do tipo que ama documentar processos, criar planos detalhados e deixar tudo nos trinques. Mas, cá entre nós, de que adianta um planejamento impecável se ele nunca sai do papel? Melhor feito do que perfeito: crie uma base, teste, erre, ajuste a rota e repita. Comunidade é movimento!
Números importam, mas não contam a história toda
Números... ah, os números: eles são extremamente importantes. São eles que ajudam a conseguir apoio para tomadas de decisão, mostrar o que tem sido feito e quais são os resultados. Mas nem todo número fala por si só. Não ter números é ruim, mas ter vários números que ninguém vê valor é tão ruim quanto.
Não quis transformar esse texto em um conto de fadas nem em um desabafo caótico. Pra mim, trabalhar com comunidades é isso: como qualquer trabalho, tem seus lados positivos e negativos. Mas, definitivamente, os lados positivos dessa jornada me deixam muito feliz. Eu amo criar relações com as pessoas através da tecnologia e transformar vidas através da educação, e conseguir fazer isso através do meu trabalho é, sem dúvida, uma realização.